I. Prefiro acreditar naquilo que me dilacera, na dor, que põe em pedaços todas as crenças ingênuas do segundo anterior. Prefiro o calor da verdade à incerteza da escuridão. Mas não se enganem! Para querer a luz você deve primeiro ter mergulhado no abismo.
II. Talvez não haja mesmo sequer uma certeza! Talvez só precisemos querer ter certezas. E quando elas se vão, substituímo-as por novas convicções - se a verdade era tal, que não se provou correta, o primeiro passo é pensar no oposto como verdadeiro. Ledo engano de nosso querido hominídeo.
III. Qualquer homem pode ser poeta, desde que ele esteja envolto em excesso de sentimentalismo. Mas o que é o excesso de sentimentalismo senão a perda de si mesmo? O que é a falta de um "eu" senão excesso de querer, de não querer e de medo?
IV. Falo em enganos, dos vislumbres do pensamento, do excesso de impulsos, da precipitação apaixonada; mas não de erros. Jamais poderei falar de erros como o que se foi até agora compreendido através dessa palavra.
Isto foi sim uma tentativa de performance na arte aforismática.
O blog em questão foi feito para depositar "pensamentos-chave" da autora. Não convém ao entretenimento.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
A dialética da inexistência da dialética.
Não há, na divisão de tempo humana majoritária, algo que se equipare à real condição existencial: possuímos palavras que definem o que já se passou, o que supostamente passa e o que virá dentro de um prazo um tanto maior; não há palavra que defina o estado ininterrupto do tempo, do passar de tempo.
Foi refletindo sobre esse aspecto que pensei: "que palavra poderia definir esse tempo, esse não-tempo?". Tomando a ideia dialética de tempo, transformei a não-dialética em dialética por tentar encaixar o tempo de "agora" em um conceito único.
Só há dialética enquanto separarmos a ideia das coisas das coisas em si, do que elas realmente são, ou seja, do que queremos que sejam. É preciso compreender que só há abstração: as coisas não "são", nós depositamos certa crença, certa percepção; nelas e fingimos que elas são A realidade universal.
Todas as suas impressões, de tudo, são o possível dentro de um limite.
Foi refletindo sobre esse aspecto que pensei: "que palavra poderia definir esse tempo, esse não-tempo?". Tomando a ideia dialética de tempo, transformei a não-dialética em dialética por tentar encaixar o tempo de "agora" em um conceito único.
Só há dialética enquanto separarmos a ideia das coisas das coisas em si, do que elas realmente são, ou seja, do que queremos que sejam. É preciso compreender que só há abstração: as coisas não "são", nós depositamos certa crença, certa percepção; nelas e fingimos que elas são A realidade universal.
Todas as suas impressões, de tudo, são o possível dentro de um limite.
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