sábado, 4 de janeiro de 2014

Um brinde ao retorno do fluxo.

I - E decidi não me importar mais com as palavras de sangue. Pessoas são invólucros de organicidade e, portanto, a seriedade ou a estupidez de seus lapsos deveria ser encarada com um largo e expressivo sorriso no rosto. Sorriso que vem acompanhado não de escárnio, mas de paciência pela imensidão da instabilidade que enxergo. Quase sinto como se tivesse passado meses com a venda em meus olhos, de forma que cega pelos olhos pude interpretar as ações com outros sentidos.

II - É provável que a raiva como motor, conciliada com a razão e desbocando no rio da profunda tristeza tenha dado motivos para o julgamento desenfreado. Afinal de contas, a indignação deve acometer quem o observa, pensando: “como pode um ser aparentar tamanha força e se recuar diante dos obstáculos da vida?”. Ao que eu respondo: nem toda chuva é torrencial, mas toda chuva transforma a geografia da Terra.